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MONEYBALL – O homem que virou o jogo

MONEYBALL – O homem que virou o jogo.

Confesso que, para mim, ele não é daqueles que você lembra em 50 anos, mas de certo que é um filme envolvente e inteligente. Olhando do ponto de vista de administração... o filme é ótimo! Está repleto de material de estudo e é bem interessante para se passar em sala de aula, seja para as disciplinas de RH, Inovação, e tantas outros.. Vamos primeiro ver o resumo do filme, retirado do site: 
 Moneyball ou O Homem que Mudou o Jogo (título no Brasil) é um filme norte-americano de 2011 dirigido por Bennett Miller, baseado no livro Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game de Michael Lewis, que por sua vez é baseado na história verdadeira de Billy Beane, gerente geral do time de basebol. Moneyball se foca nas tentativas de Beane de criar um time competitivo para a temporada de 2002 de Oakland, apesar da situação financeira desfavorável da equipe, usando uma sofisticada análise estatística dos jogadores.  http://pt.wikipedia.org/wiki/Moneyball

Agora vou destacar os vários itens que me chamaram a atenção, do ponto de vista de ADM: 
1- Uma história sobre sucessos e fracassos: A história de Billy Beane pode nos servir de exemplo na gestão de nossas carreiras. Beane era um estudante que teve de escolher entre a faculdade e o baseball. Ele parecia ter um futuro bom em ambas as escolhas, mas foi frustrado em sua carreira como jogador. Em sua carreira como técnico do time (que assumiu após o fim de sua carreira como jogador) também passa por uma situação difícil, perdendo seus melhores jogadores para times mais afortunados. Beane encontra nesta jornada dolorosa o jovem Peter Brand, recém formado, que possui o conhecimento teórico que ele não tem, e aliado a sua experiência e forte poder de negociação, os dois personagens trocam experiências profissionais marcantes. Beane me levou a pensar nas escolhas profissionais que temos de tomar, as vezes fazemos escolhas erradas e nossos sonhos se frustam, daí a importância de se pensar sempre no que de fato nos motiva. Nosso plano de carreira deve ser constantemente reavaliado, precisamos verificar os motivos de nossas frustrações e buscar novos caminhos, sempre aliados com o que realmente damos valor. Beane obteve, no fim do filme, o sucesso merecido, digno de um personagem persistente, e ainda, uma nova oportunidade de emprego. Mas ele fez outra escolha, preferiu estar ao lado de sua filha e por fim parece estar feliz. Nossa carreira não tem final feliz, como nos filmes, mas a lição de motivação alinhada a valores é bem forte. E você? O que valoriza? Uma casa linda e carro do ano? Sucesso e fama? Estar próximo a família e ter qualidade de vida? Pense bem, e faça suas escolhas! As vezes não estamos dispostos a pagar o preço certo destas conquistas. 

2- As trocas: Achei fabuloso a forma a qual o filme mostra o crescimento de Peter como negociador e administrador, principalmente na cena em que Beane o obriga a despedir um jogador. Na contrapartida, Beane me parece se tornar mais humano com Peter, assim, ele fica mais próximo dos jogadores, o que antes não fazia “porque assim ficava mais fácil manda-los embora”. Esse é um ponto alto do filme e nos leva a pensar sobre nossos empresas. Como aliar os jovens cheios de novas idéias aos profissionais competentes e experientes que possuímos? Como promover trocas saudáveis entre os profissionais de nossa empresa? Juntar pessoas diferentes e com os mesmos objetivos; podem sair grandes idéias daí.. que tal? Outro ponto legal de se pensar é o papel do lider e a motivação da equipe. Beane percebe a diferença quando ele se aproxima da equipe. 

3- Apostando nos riscos: A frase de Mickey Mantle: “É inacreditável o quanto você não sabe sobre o jogo que você esteve jogando durante toda a sua vida” é a primeira frase do filme. Sem muita explicação, a frase é bem conclusiva: Ainda há muito o que aprender! Então, não pare! Beane estava num momento difícil de sua gestão e aceitou inovar, este também é um ponto marcante do filme, a sua coragem. Aliada com seu poder de negociação (que é fantástico!) eles vão até as últimas consequências de seu projeto, pois realmente acreditaram nele. A persistência também se faz necessária, algumas empresas abandonam os produtos e ideias novas em pouco tempo, não calculando o período certo de investimento, taxa de retorno e início dos lucros. Esperam coisas rápidas e milagrosas... Vamos com calma que o trabalho é arduo! E a matémática financeira te dirá isso... Números não são tudo, como o próprio filme nos demonstra, mas eles são bons guias na tomada de decisão de qualquer gestor. 

4- Pessoas certas nos lugares certos: Uma outra coisa, que é a idéia geral do filme, se retirarmos os grandes destaques e aproveitar-mos os pequenos de bom desempenho, o negócio vai em frente? Deixe-me explicar, Beane retira de seu time os grandes craques e estuda o desempenho de jogadores sem destaque, alguns até esquecidos, e os coloca para fazer o que eles fazem de melhor. Aliás, o que eles sabem fazer melhor Beane descobre através dos cálculos de Peter. Bom, vou ficando por aqui. Fiquei empolgada com o filme pois já fazia algum tempo que não encontrava um bom filme com tanto de administração. Agora é com vocês. Confiram o filme! Um abraço!

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